terça-feira, 12 de julho de 2011

Etiqueta (ATM) da máquina SMD, com desenho de Rodrigo Rodrigues




Obrigado amigo J. Cura

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Bombeiros Voluntários da Guarda


Sobre os Bombeiros da Guarda 



Na Guarda, no dia 5 de Agosto de 1876, o ilustre cidadão Gerardo José Batoréu dirigia um convite  a um grupo de distintos cidadãos, pessoas de bem, preocupados com a Cidade e com quem nela vivia, para se reunirem, em sua casa, com um objectivo determinado: formar uma companhia de bombeiros voluntários com o fim de extinguir qualquer incêndio que se manifestasse na cidade. Era Verão... Gerardo José Batoréu recebe os seus convidados, expõe a ideia e, passados momentos, tinham formado a Companhia de Bombeiros Voluntários da Guarda!
Todos estavam, absolutamente, cientes da importância das suas intenções e do momento. O que, certamente, não imaginavam era que, naquela tarde de Verão de 5 de Agosto de 1876, acabavam de constituir o mais sólido e duradouro edifício associativo da Cidade!
A História do Bombeiros da Guarda é parte integrante da História da nossa Cidade. Foi nos Bombeiros que, até hoje e ao longo de 134 anos, inúmeros Homens e Mulheres depositaram e entregaram o seu esforço, sempre sob o anonimato que só a nobreza da sua acção, a coragem do seu gesto e a eloquência do seu civismo, de forma pontual, desvendaram. A confirmá-lo está, como prova irrefutável, o facto de a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Egitanienses, o, por ela detido, Corpo de Bombeiros Voluntários da Guarda, muitos dos seus dirigentes, Comandantes e Operacionais terem, ao longo de todos estes anos, sido distinguidos com as mais altas condecorações dos Bombeiros de Portugal e das mais altas do Estado Português.
Ao longo desses 134 anos os Bombeiros da Guarda tiveram quatro quartéis sede: o primeiro, nos fundos do Teatro Egitaniense, também por eles construído e mantido, na Rua D. Dinis; o segundo, construído no local onde, antes, haviam sido as cavalariças do antigo Paço Episcopal, na Rua Alves Roçadas; o terceiro, no Torreão, na Avenida que, por isso, veio a ter a toponímia dos Bombeiros Voluntários; o quarto e actual, construído no ano de 2003, com uma área de 3 hectares de terreno, com magníficas instalações operacionais, obra emblemática do Programa Polis, para a qual a Associação Humanitária contribuiu, além do mais, com a cedência do antigo Quartel e do terreno contíguo, que era sua propriedade.
Hoje, os Bombeiros da Guarda continuam a ser dirigidos por cidadãos voluntários, livremente eleitos em Assembleia Geral de Associados, que gerem, sem qualquer remuneração, pesados orçamentos anuais, na ordem de cerca um milhão e trezentos mil euros, cuja receita é sobretudo composta pela retribuição dos serviços de saúde prestados, por subsídios governamentais e por um subsidio protocolado com a Câmara Municipal da Guarda para compensação dos serviços prestados na área da protecção civil municipal. O Corpo de Bombeiros, constituído por mais de 100 elementos activos, um terço dos quais são mulheres, é comandado por um Corpo de Comando constituído por voluntários não remunerados, sendo certo que só cerca de vinte elementos são profissionais.
Foram e continuam a ser eles, os bombeiros, homens e mulheres, que constituem a verdadeira alma e corpo desta Associação Humanitária e da sua Corporação.
Pessoas, aparentemente iguais às outras, distinguem-se, no entanto, como dizia o Dr. Afonso Paiva, por estarem contaminados pelo vírus da “bombeirite” que, debaixo da homogeneidade da farda, os faz entregarem-se, anonimamente, na ajuda aos outros, sempre a Bem da Humanidade.
Como Bombeiro Voluntário que sou, e como dirigente da Associação, impõe-se que deixe aqui o meu testemunho de agradecimento a todos os meus concidadãos que, nos Bombeiros, com e sem farda, me deram a oportunidade de com eles partilhar de tão feliz e importante iniciativa que tiveram, naquele dia 5 de Agosto de 1876, José Batoréu e todos os seus convidados.